Para discutir o grave problema de saúde pública relacionado ao Zika virus, a Rádio USP, conversou com Vicente Amato, professor da Faculdade de Medicina (FMUSP) da USP, e com Paolo Zanotto, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP.
Também representante da FMUSP em reunião promovida entre instituições médicas paulistas para debater a questão do Zika, Amato reforça a importância de um trabalho contínuo na luta contra o Aedes. “Infelizmente, a comunidade não tem condição de obedecer. Se nós encararmos o que se passa numa zona periférica, é uma pobreza total. As pessoas vivem mal, não se alimentam bem, não têm condições de cuidar das coisas que [as] cercam, e não tem também intenção de olhar pelos lugares que são criadores de mosquitos. Então existem dificuldades, mas acho que não são intransponíveis”, afirma.
Ouça a entrevista com Vicente Amato na íntegra:
Já no programa É bom saber, comandado por Cido Tavares, o professor Paolo Zanotto declara que o aumento da população do Aedes aegypti é de responsabilidade do homem. “As pessoas não cuidaram de controlar a população dele. Esse mosquito já foi praticamente expulso do nosso país há quase 100 anos, mas de repente voltou e recolonizou”, alega. Sob um ponto de vista da ecologia do mosquito, Zanotto diz que, se não houvesse tanto movimento humano pelo globo, o Zika virus provavelmente não teria tido tanta facilidade em sair de sua região de origem, a África.Enquanto nessa edição o docente também respondeu perguntas relacionadas às sintomatologias do Zika, dengue e chikungunya.
Ouça a entrevista com Paolo Zanotto na íntegra:
Para mais informações, acesse aqui o que já foi publicado nas mídias da USP sobre sobre o Zika vírus.